SONETO DA PAZ

A paz, bendita paz tão procurada

A paz que o mundo busca e nunca alcança

Parece estar além do fim da estrada

Em terras pós-fronteiras da esperança.

A paz que acaricia a uma criança

Mas não se deixa ser domesticada

Fugindo ágil, veloz como uma lança

Ao topo da montanha inescalada.

Ah, essa paz que o mundo desconhece,

Pela qual faz unânime uma prece!

Embora a ela não façamos jus,

Já foi a nós, por graça, concedida.

Foi pago um alto preço; a própria vida

Que jesus entregou por nós na cruz.

"Deixo-vos a paz, eu vos dou a minha paz.

Não como o mundo dá, eu vo-la dou." (Jo 14,27)