Soneto da Sacada

Quando a vi ali, na sacada da janela,

Qual fosse uma rosa que teima em vir brotar,

Rompendo a lógica de dias tão cinzentos

De fanatismo e distanciamento de Deus,

Quando a vi ali, na sacada, sempre bela,

Qual fosse rainha ocupando seu lugar,

E seu perfume, ao ser levado pelos ventos,

Vem, como bálsamo divino aos dias meus,

Quando a vi, foi assim, qual uma epifania

Que nos eleva o pensamento a mais além

E nos devolve a sensação de sermos mais.

Quando a vi, foi assim... e ainda não sabia

O quanto seu sorriso lindo me faz bem

E me devolve a sensação de vida e paz.