Retorno a este negro mausoléu

Retorno a este negro mausoléu

Jazendo sempre em maldita cova

Minhas preces nunca chegam ao céu

As minhas dores o tempo as renova

Exponho meus tormentos nessa trova

Não almejando fama ou troféu

Mas para que este mal não seja ao léu

Descanso a minha alma nessa alcova

Assombrado por ecos do passado

Sou atraído aos monumentos abandonados

E conservo no peito infinda melancolia

E na escuridão a treva me enlaça

E no impeto de conter minha desgraça

Eu me ergo e retorno a poesia

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 21/10/2022
Código do texto: T7632296
Classificação de conteúdo: seguro