POEMETO

POEMETO

Longe da meiga viola

Eu quero cantar repente

Recordando do passado

Lembrando da minha gente

Quando cantava inspirado

Ao som do baião plangente

Viola meiga e querida

Companheira do poeta

Inspiração do meu estro

Minha Deusa predileta

Você foi pro meu repente

Humilde, forte e discreta

No palco da cantoria

Você tocava animada

Levando a minha mensagem

No compasso da toada

Conquistando o povo amigo

Abrilhantando a noitada

Com você fiz cantoria

Em todo o nosso sertão

Você brilhava comigo

No palco da diversão

Equilibrando a toada

Nas pancadas do baião

Você deixou no meu cérebro

O ritmo da melodia

A linguagem do repente

O sotaque da ironia

Que ate hoje me convida

Para fazer poesia

Você ficou no meu cerne

Com a sua melopeia

Tocando dentro de mim

Despertando a minha ideia

E me levando a lembrar

Da nossa humilde plateia

Você foi nobre parceira

Dos repentes geniais

Completando a melodia

Das minhas cordas vocais

E prendendo suas cordas

Sobre as minhas digitais

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 25/10/2022
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