SEM RUMO

Já não sei quem sou, perdi o rumo, o norte;

Nestes descaminhos, vou aos desencontros,

Carecia da vida ter melhor e uma boa sorte;

Não perder o passo ter melhores momentos.

Caminheiro eu sou, serei, andando no escuro,

Errante, eu vou sem bússola que me direcione;

Eu estou perdido na imensidão destes muros,

Não há nenhuma força sagrada que impulsione.

Apenas vejo uma luz brilhante lá no horizonte,

Vou ao seu encontro, será o sol ou uma estrela?

Nem sei se é dia ou noite; mas a luz é brilhante.

Seguindo lentamente, passos trôpegos, incertos,

Não sei onde vou chegar. A luz... Eu quero tê-la.

Apenas a luz, fugindo das trevas, braços abertos.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 03/12/2007
Código do texto: T763649
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