SEM RUMO
Já não sei quem sou, perdi o rumo, o norte;
Nestes descaminhos, vou aos desencontros,
Carecia da vida ter melhor e uma boa sorte;
Não perder o passo ter melhores momentos.
Caminheiro eu sou, serei, andando no escuro,
Errante, eu vou sem bússola que me direcione;
Eu estou perdido na imensidão destes muros,
Não há nenhuma força sagrada que impulsione.
Apenas vejo uma luz brilhante lá no horizonte,
Vou ao seu encontro, será o sol ou uma estrela?
Nem sei se é dia ou noite; mas a luz é brilhante.
Seguindo lentamente, passos trôpegos, incertos,
Não sei onde vou chegar. A luz... Eu quero tê-la.
Apenas a luz, fugindo das trevas, braços abertos.