Saudade

É presença em meu peito, como doença,

Magoada, plangente e profunda algesia.

Vazia, doída e insana descrença,

Tão funda, tão densa, a causar nostalgia.

Qual folha no vento - tão simples assim,

Que mira no céu e queda-se ao chão.

Por vezes a sinto bem dentro de mim

Em outras, distante, mui vaga ilusão.

Mas grassa o silêncio, na ausência do verso.

Retalho da essência d’um sonho feliz,

Memória distante e universo reverso.

Transcendem o verbo as lembranças sutis

Q’enterram magias e encantos diversos.

- Saudade escondida por trás do verniz.

Magmah
Enviado por Magmah em 04/12/2007
Código do texto: T764126
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