SONETO À UM AMIGO
Flor do deserto, que brota em meio ao nada
oásis bendito que finda a sede maldita
pedaço de verde que resiste ao fogo na mata
és pérola na concha, beleza rara escondida.
Da alegria, mensageiro e portador
das agústias, acalanto e calmaria
dos erros, compreensivo e sem rancor
nas trevas és luz, és um novo dia.
Na vida és raro, na morte és alento
precioso relicário de segredos inconfessos
tens o dom de guardar e cuidar do sentimento
seja amor, rancor, ou o ódio professo
seja na agonia, na ira ou sofrimento
és tu amigo (sempre), meu único sustento.