SONETO DO RATO

Do rato o rasto em mijo e imensa gula

Notórios são que todo mundo manja

Bem como o fim de praga assim que há bula

De coisas tais e, se não há, se arranja.

É pouco o que se diz e se especula

Da farra do roedor, do que se esbanja

E em termos rasos e em prosa bem chula

Vira notícia agora em toda a granja?

Talvez, mas muita gente evoca a cura

De mal imundo e pertinaz, que cansa

A quem sustenta a coisa enquanto dura.

Caluda, então, sigilo na festança,

Segredo na receita que madura...

Que o rato agora come, e logo dança.

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 03/02/2023
Reeditado em 03/02/2023
Código do texto: T7710715
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