Debilitada

Tudo o que mais ama foi de ti retirado

Nem te restou o mero o poder de fazer

Tudo que és foi duramente arrancado

Somente débil é capaz de se reconhecer

Daquilo que és foi duramente alvejado

Frágil, tão adoentada, mas como ver?

Se não aparenta teu fardo amarrado?

O passar da vida só resta a esmorecer

De todas as dores, é a mais agonizante

Queima os nervos como em um inferno

No corpo, só o medo não é paralisante

Sabido é que o sofrimento será eterno

Expectativa para a melhora é distante

Não há cura para um tremor interno

Tamyrys Hadassa
Enviado por Tamyrys Hadassa em 09/02/2023
Código do texto: T7715728
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