Guardai-vos do meu canto, os meus horrores
Guardai-vos do meu canto, os meus horrores
Mantém-se em segurança a luz da aurora
Que a treva feito praga se assenhora
Te enclausurando em negros corredores
Da vida eu tive tristes dissabores
Marcas profundas que não vão embora
E contrariando as dores de outrora
Me acampo junto com os sonhadores
Despindo toda a treva do semblante
É necessário seguir adiante...
...e nem por um deslize olhar pra trás
Mais vale seguir estrada duvidosa
Que relembrar de noites tenebrosas
Que tomam o meu riso e a minha paz