7691-Verso sáfico-heroico do soneto FELICIDADE, de Guilherme de Almeida. - Soneto Nº 7691-Noneto Nº 357 Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.
7691-Verso sáfico-heroico do soneto FELICIDADE,
de Guilherme de Almeida.
“Então chamou-me e disse: Vou-me embora!”
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Soneto Nº 7691-Noneto Nº 357
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.
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Estava triste e ouvi bater à porta;
fui logo abrir... senti enorme paz:
raio de sol, tão lindo - é o que importa-
entrou depressa assim, de forma audaz.
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Ruborizei meu rosto e minha aorta!
Bebemos juntos, puro e bom cabaz.
Felicidade: -Fica mais, comporta;
o meu defeito esqueça,
ó bom rapaz.
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O sangue quente fez ferver a mente;
sorrimos muito -tontos - com certeza;
nenhum lamento; basta ser vidente!
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“Então chamou-me e disse: Vou-me embora!”
Eu vi da lua, o brilho em noite escura;
o tempo passa e minha face chora.
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Belo Horizonte, MG, 21 de março de 2023.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/7745770
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FELICIDADE
Soneto de Guilherme de Almeida
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Ela veio bater à minha porta
E falou-me a sorrir, subindo a escada:
“Bom dia, árvore velha e desfolhada”
e eu respondi: “Bom dia, folha morta.”
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Entrou: e nunca mais me disse nada...
Até que um dia (quando pouco importa)
houve canções na ramaria torta
e houve bandos de noivos pela estrada...
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Então chamou-me e disse: “Vou-embora!
Sou a felicidade! Vive agora
da lembrança do muito que te fiz.”
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E foi assim que em plena primavera,
só quando ela partiu contou quem era...
E nunca mais eu me senti feliz!
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Fonte:
Autor: Guilherme de Almeida; nasceu em Campinas, SP, 1890 e faleceu em São Paulo, SP 1969 .
Verso sáfico-heroico do soneto FELICIDADE,
In livro: "Melhores Poemas Guilherme de Almeida", 1921.