SONETO DO ESCARRO

SONETO DO ESCARRO

Eu desconheço normas e formalismo

Eu repugno qualquer forma de alegria

Construo minha desventura dia-a-dia

Ignorando aqueles gostam de cinismo

O Sartre falou do existencialismo

Já o Bocage gostava de anarquia;

O Augusto dos Anjos sequer sorria

A Florbela falava de fanatismo

Cultuo todos, do belo ao mais ascoroso

Sonetos marginais: nesses eu me amarro

E é por isso que eu sou fã do Mattoso

Faço versos marginais e, neles me agarro

Aprender-los-ei -sem ser pretensioso-

Nos que pensam que sabem tudo, eu escarro!

OBS.: Soneto feito ao estilo do Glauco Mattoso

Francisco Monteiro
Enviado por Francisco Monteiro em 12/12/2007
Código do texto: T775363
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