SONETO DO ESCARRO
SONETO DO ESCARRO
Eu desconheço normas e formalismo
Eu repugno qualquer forma de alegria
Construo minha desventura dia-a-dia
Ignorando aqueles gostam de cinismo
O Sartre falou do existencialismo
Já o Bocage gostava de anarquia;
O Augusto dos Anjos sequer sorria
A Florbela falava de fanatismo
Cultuo todos, do belo ao mais ascoroso
Sonetos marginais: nesses eu me amarro
E é por isso que eu sou fã do Mattoso
Faço versos marginais e, neles me agarro
Aprender-los-ei -sem ser pretensioso-
Nos que pensam que sabem tudo, eu escarro!
OBS.: Soneto feito ao estilo do Glauco Mattoso