SONETO DA MINHA MORTE

SONETO DA MINHA MORTE

É triste e horrendo o lugar de onde venho

Trago um coração carregado de saudades

Apesar da solidão e de todas as maldades

Em mim um puro amor ainda retenho.

Nos detalhes pequenos eu me atenho

Inda uso a minha nobre lealdade,

Ela traiu-me, inda a amo de verdade

Dos olhos meu pranto cai (não me contenho)

Deito na cama pego um livro para ler

Lá fora o vento urra, e a tempestade

Bate à porta num quase amanhecer...

Ouço passos: É a morte que me invade:

Ela vem depressa, vem louca, vem me ver

Jaz no meu peito um amor, uma saudade

Francisco Monteiro
Enviado por Francisco Monteiro em 12/12/2007
Código do texto: T775374
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