Enlevo

Não cederei pra ti meu coração,

Qual lira declamante desse verso.

E nem te nomearei meu universo,

De minha breve existência a razão.

Não implorar-te-ei ao Criador,

Nem o astro roubarei da imensidão

E assim então, fremente de emoção,

Depô-lo aos teus pés com o meu amor.

Não direi deveras que te amo,

Que és tu aquele por quem sofro e clamo,

Que beijarei o chão em que tu pisas.

A tais arroubos meus, prefiro o vão

Pensamento, mudo feito oração,

- O enlevo sonhador da poetisa.

Magmah
Enviado por Magmah em 13/12/2007
Reeditado em 08/04/2008
Código do texto: T776046
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