SONETO DO AMOR INCONSEQÜENTE

Hoje, eu quero a dor indesejável

quero a ânsia louca do impossível

quero o absurdo mais palpável

quero me perder no paraíso

Não quero a sanidade aceitável

nem quero a palidez da retidão

quero sem pudor e sem juízo

deixar-me enlevar pela paixão

Quero hoje a loucura condenável

dos amantes que se deixam enlear

no ardor de um prazer incontrolável

no prazer de conjugar o verbo amar

Só quero hoje a redenção benevolente

em nome desse amor inconsequente.

Monica San
Enviado por Monica San em 13/12/2007
Código do texto: T776876
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