SONETO CASUAL
SONETO CASUAL
Eu crio sem querer um novo verso
Vejo aos poucos nascer a poesia
Companheira minha do dia-a-dia
Pois a amo é bem verdade, eu confesso
Ela deu-me tudo, nada mais peço
A não ser um verso de alegria
Que ao ouvido soe como melodia
E case na métrica qu’ ora meço
Rabisco versos sobre quase tudo
Só pelas rimas falo poesia
Sequer nada sai do meu lábio mudo
Se nada escrevo dá-me uma agonia
Mas se crio um soneto eu me ajudo:
O que era loucura vira calmaria