POÉTICA QUE ATRELA

Ó verso, que se enfada, ó verso, que brada

D’Alma cansada. Tão inquieto, e pobrezinho

Nunca foste amado, na tua estrofe, sozinho

E vives buscando aquela prosa encantada

Tua poesia anda vazia, deserta sua estrada

Tão frígida cada rima, sem calor do carinho

Ferido. No teu íntimo aquele certeiro espinho

E, a inspiração com o silêncio da madrugada

E, amanhã, quando a luz do sol fulgir, radiosa

Ó poesia sem sorte, importuna, com saudade

Traga em seus versos uma ventura formosa

E então, já não será ignoto, e numa viradela

A solidão será oculta na buscada intimidade

E, dum canto isolado, terá poética que atrela

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

03 de maio, 2023, 19’23” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/M-gQUr3DszY

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 03/05/2023
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