TODA DOR DO SONETO

Toda dor do soneto, por mais que doa

Na própria ilusão encontra o refrigério

As lágrimas doídas de um despautério

Veda-as no desabafo duma poesia boa

O que conforta, a sensação que povoa

Que faz sonhar, um refundir, o critério

Que nos repara, nos valida, o cautério

Da gana n’alma. O amor tudo perdoa!

Quando a poesia compõe o outro lado

E, depois de descarregar a amargura

Do verso que sentiu... tudo é passado!

Noutra parte há de, acalanto, a ventura

Conjurando aquele instante apaixonado

E o poema segue num adeus à tristura!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

06 de maio, 2023, 12’59” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/qhPdpOQ9K64

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 06/05/2023
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