TAL UMA BOCA QUE DESEJA

Vês? Não sentiste meu soneto amável

Poetizado com a sensação em espera

Somente o desinteresse, em ti impera

Deixando à emoção: tristura inevitável

E, neste poetar de uma paixão sincera

Um amor, aberto, ao coração palpável

Vindo d’Alma, do sentimento inevitável

Uma necessidade, de doce atmosfera

Agora, resta o pranto, o silêncio bizarro

A dor cortante, afastamento, o escarro

Quem um dia amou, todavia, apedreja

Se o meu verso causa inda poética saga

Tu o vês insignificante, ele, que te afaga

Beija, ameiga, tal uma boca que deseja!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

29 maio de 2023, 18’24” – Araguari, MG

*soneto que dialoga com "Versos Íntimos" de Augusto dos Anjos

No Canal do YouTube:

https://youtu.be/5V9T2J29bAY

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/05/2023
Reeditado em 30/05/2023
Código do texto: T7800548
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