A cruz de Sousa

Olhar calado de tímida massa;

Lânguidos braços em ombros escuros.

Eis os traços, deveras, prematuros

Do teso filho, fruto da desgraça.

Sobe e desce nos ares obscuros

O ato passado de uma era escassa.

Ele não vive: observa e passa

Aquém da linha dos ventos impuros.

"Sois pilhéria, facéia! Sois chiste!

Vedes a rota do amor que não existe

E contemplais a força do vosso dever!"

Com ditos tais, despediu-se e rumou

Para o infinito que o malogrou

E no ceptcismo nos levou a viver!