Meu Último Soneto

Reivindiquei o teu afeto qual difícil Rei;

cobicei o universo celeste, silenciado;

em devaneios imaginei-me ao teu lado,

sentir teu perfume, tua derme, não sei!

Mas a tua crítica implacável tudo apaga,

tua fragrância e carinho… não os verei.

pela eufororia dos teus dias, eu bem sei,

meus desejos p’ra ti, não atuam em nada.

Tento o egresso com os lumes túmidos;

partiu-se o Eldorado, sorrisos úmidos,

naufrago, entre os prantos na procela.

E só, quimera querida sob a luz de círios.

O exílio: um oceano de reditos martírios;

… os fluídos conduziram a caligem bela.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 12/06/2023
Código do texto: T7811852
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