Soneto da decadência humana

Somos todos vermes que rastejam na terra

E se alimentam da podridão e do horror

Sem saber que a vida é uma ilusão fera

Que nos arrasta para o abismo sem amor.

Somos todos frutos de uma carne corrupta

E de um sangue que carrega o mal ancestral,

Sem poder escapar da sina puta

Que nos condena ao destino infernal.

Somos todos réus de uma culpa sem nome

E de um crime que ignoramos cometer,

Sem ter consciência do que nos consome

E do que nos impede de viver.

Somos todos mortos que vagam sem rumo

E sem esperança de renascer.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 12/06/2023
Código do texto: T7812313
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