Quietude
Da minha vida tu não sumirás,
Ficarás na mais remota lembrança.
Nas horas de vigília tu estarás,
Em todo o sabor e toda a fragrância.
No vento, pôr-do-sol, na madrugada,
E nos pássaros, do canto o advento.
Fantasia mais pura e mais velada,
Momentos de tristeza e desalento.
Nas noites que a saudade me consome,
A quietude mais breve e mais sutil
Fará com que tua memória eu retome.
E mesmo que se aproxime o meu fim,
Que este meu corpo se torne senil,
Ainda assim, tu estarás em mim.