Soneto da alma
Na vastidão do ser, a alma suspensa
Em tramas invisíveis a tecer,
Revela-se em mistério, a renascer,
Buscando no infinito a sua essência.
Em versos imortais, com eloquência,
Transcende o pensamento, o próprio ser,
E assim se encontra, enfim, a renascer,
Na eternidade da pura consciência.
Sutil como o murmúrio das marés,
A alma embeleza a noite mais escura,
Refletindo a luz que brilha em seus poros.
É farol de esperança, guia e guia,
Cantando em harmonia, entre os casais,
O hino dos poetas, doce melodia.