Alegoria

Amor, a nossa vida não é essa

E, avessa a essa ilusão, fico sem rumo.

A noite, sem poesia, vai depressa,

Fazendo do meu sonho um só resumo.

Vislumbro uma vigília que não muda,

No entanto esse sonhar se faz disperso.

Resulta numa rima tão sisuda,

Qu’inda é capaz de entristecer meu verso.

Por vários descaminhos, nesse impasse,

Em busca de um destino que não flui,

Padeço num combate tão pugnasse!

Na sombra, em que me perco e não m’inclui,

Faço dessa quimera o meu disfarce

- Imagem da mulher qu’inda não fui.

Magmah
Enviado por Magmah em 18/12/2007
Reeditado em 09/06/2008
Código do texto: T782912
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