REGRESSO À MORADA ANTIGA
A MEU PAI QUERIDO
Como o rio que busca a fonte pura,
Após um duro e solitário inverno,
Eu desejei rever o lar fraterno,
O meu berço de paz e de ternura :
Entrei. Uma alma doce e meiga e pura,
O espectro talvez do afeto paterno,
Abraçou-me,- sorriu, doce e sincero,
E, lado a lado, andou comigo.
Era este o quarto... (Ai! que saudade! e quanta!)
Em que da lua prateada ao brilho,
Meu pai e meus irmãos... A dor
Tomou-me em cheio... Conter quem pode?
Uma lembrança soluçava em cada canto,
Gemia em cada banco uma saudade.