REGRESSO À MORADA ANTIGA

A MEU PAI QUERIDO

Como o rio que busca a fonte pura,

Após um duro e solitário inverno,

Eu desejei rever o lar fraterno,

O meu berço de paz e de ternura :

Entrei. Uma alma doce e meiga e pura,

O espectro talvez do afeto paterno,

Abraçou-me,- sorriu, doce e sincero,

E, lado a lado, andou comigo.

Era este o quarto... (Ai! que saudade! e quanta!)

Em que da lua prateada ao brilho,

Meu pai e meus irmãos... A dor

Tomou-me em cheio... Conter quem pode?

Uma lembrança soluçava em cada canto,

Gemia em cada banco uma saudade.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 14/07/2023
Reeditado em 14/07/2023
Código do texto: T7836510
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