Fantasma

Saudades dos meus passos tortos,

em eventual e tonta dança, dançam.

No gélido piso, pés descalços – mortos

ou quase vivos, confusos avançam.

Lembro a tua paciência ao me guiar,

dois pra lá... pra cá, quase nenhum.

Abrasador contato, um corpo tenta dançar,

outro tenta acompanhar – senso comum.

Nostalgia dos meus tropeços conduzidos,

em noites inevitáveis me escolta

e embrenha-se em espaços reduzidos.

Um espectro cravado, não me solta...

criticando os meus passos tão perdidos

nessa desatinada dança de revolta.

Majal San
Enviado por Majal San em 11/09/2023
Código do texto: T7883251
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