SERENATA

Horas altas da madrugada, a lua lá fora

Vertendo nostalgia, sussurrando agonia

Na imensidão do azul do céu, vem o dia

Que entre o silêncio, o rumor, faz a hora

Sinto a solidão que de cadência fantasia

Uma harmonia de recordação de outrora

Tal suspiros de violão que d’alma implora

E, que no amanhecer é prostrada poesia

Esta melodia, inquieta, enfada, peregrina

Cheia de sentimento e sensação em ruína

Aperta, invoca e, sufoca toda a suavidade

Então, passa a gemer o sossego, tão aflito

No espírito da noite, num cortante grito...

Numa serenata triste... chora a saudade!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

09/10/2023, 04”48” – Araguari, MG

Canal do YouTube:

https://youtu.be/3ScEb_R2Ydk

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 09/10/2023
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