O CRAVO E A ROSA!

Silva Filho

 

 

Das regras do amor me fiz escravo

Das regras do poema sou egresso

A rima do amor – eu vos confesso

É mais que uma rima – é um favo.

 

Nem sempre rima rosa com o cravo

Nuanças podem vir como empeço

Prefiro ter o verso em recesso

A ter algum poema como agravo.

 

Nas regras que provêm do coração

O amor é quem comanda a receita

E dele vem qualquer entonação.

 

Se tenho minhas rimas em desfeita

Já sei que há problema na paixão

Deixando a minha verve em suspeita.