C'est Fini...
O odor da flor em dor que em meu jardim sinistro
Desabrochou e permitiu que os beija-flores
Partissem sem deixar vestígios nos sensores
De presença, no vão sombrio que administro.
Recolho-me à minha insignificância
E inundo com meu pranto o páramo sidéreo
Que me devolve em canto lírico e funéreo
Os restos do que eu fui ecoando na distância.
E assim hei de vagar por toda eternidade,
Mascote do fracasso e escravo da saudade
Com o âmago sangrando a tiritar de frio
Convivendo em necrópoles com os que morreram
Em vida e suas células apodreceram
À sombra cruciante do cipreste esguio.