ANOS NOVOS

Chego enfim ao final de mais um ano,

Nem me dou conta, em outro já estou;

O tempo não para, e célere passando,

Ano após ano, sobrevivendo eu vou.

Fui criança, adolescente, hoje adulto,

Indo à indesejada curva descendente,

Cada ano para mim agora um indulto;

E em cada novo ano sou sobrevivente.

Lembranças? - Há muitas, incontáveis;

Saudades? - Algumas delas marcaram;

Segredos? - Centenas e inconfessáveis.

Marcas no corpo, rugas denunciantes,

Ao longo desses anos veio e ficaram;

Tal qual amores sublimes e constantes.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 26/12/2007
Código do texto: T792926
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