Duas Almas
Quando o destino traz nova paixão
E a flor do amor com ardor se perpetua
A alma, outrora aflita, e agora nua
Saltita em sonhos pela imensidão.
E nada pára a tara exposta ao beijo
Sob o efeito lírico e estático
De um frenesi recôndito e orgástico
Sentido nas entranhas do desejo.
E aquelas almas que vagavam sós
Presas à linha de um cruel retrós
Que as impedia de serem felizes
Deram-se as mãos criando os anticorpos
E se unirão, num só corpo, esses corpos
Que farão das feridas cicatrizes.