INCÓGNITAS

Às vezes minha alma grita;

Noutras, gargalha imperturbavelmente.

Não sei o que ocorre, entrementes,

Somente sei que meu corpo se agita.

De vez em quando meus olhos choram sozinhos;

Não entendo a razão desse pranto,

Porque lacrimejar esse quanto

Me traz em mim uma seara de espinhos.

Sinto que vivifico esses dois mundos

Como se fossem os mesmos um só,

Então tento desabrochar sorrateiramente o nó

E me vejo aquém num poço profundo,

Onde ninguém consegue entender o alguém

Que reside no íntimo da atmosfera do bem!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 04/01/2024
Código do texto: T7969167
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.