RENOVAÇÃO

Mansamente, a poesia bateu à minha porta

E entrou devagarinho olhando ao redor,

Temendo acordar dores dormidas na aorta

Da saudade, onde o amor vive e importa.

Viu uma lágrima pela fresta da paixão

Na face de um suspirar lento e demorado

Que versava silenciosamente ao cair no chão,

Quase solta por rimas de um soluço chorado.

Pé ante pé foi rastreando os meus sentires,

Acariciando o tempo e o vento que levou

Meu coração entre bonanças e tempestades

Para ressurgir a poesia que me cativou

Espreitando alegrias e intensidades

A cada palavra que por ti me renovou!