PÁSSARO MORTO

Pássaro morto, anônimo,

Sob a sombra da árvore.

Até ontem seu cântico

Se ouvia sereno e plácido

Pássaro sem alma nem ânimo

De corpo agora pálido

Asas recolhidas em antivoo tétrico

Tornam-se chão como se fossem atávicas

Pássaro, calou-se a esplêndida

Beleza da sinfonia harmônica

Em melodia e tons mágicos

Pássaro, nos olhos uma lágrima

Porque eras tão belo quanto efêmero

Como efêmero é tudo o que tem fôlego.

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 19/02/2024
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