Doído riso

Da face saltava um doído riso,

que exprimia uma alma em confusão

entre o prazer fugaz e o mal preciso,

entre a fantasia e a desilusão.

De que serviria o amargo sorriso,

com o peito a negar a perdição,

de ver a calma perder teu juízo

e de sentir sem cor teu coração.

Melhor seria se chorasse tudo

e desabafasse o tormento mudo,

do que fingir a alegria ilustrada…

Pois quem chora sabe o que é sofrer

e só quem sofre pode então entender

a dor que se esconde em cada fachada.

Alexandre Toledo
Enviado por Alexandre Toledo em 28/02/2024
Código do texto: T8009282
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.