Paixão sangrenta

Golpeia facas de dor no meu peito,

com teu ódio endêmico de rancor,

fez-se rio de sangue do que era amor...

que mal esta paixão me tem feito!

Eu que antes te trouxe a venusta flor,

definhou, ao ver o amargo despeito,

que surge do teu penoso rejeito,

e consome todo meu dissabor,

Oh, queria eu ter o esquecimento,

e pagar de vez todo este tormento!

Mas não há remédio para esta chaga.

Que me devora a alma e o coração,

Só espero a morte como salvação,

para acabar com esta dor que me esmaga.

Alexandre Toledo
Enviado por Alexandre Toledo em 02/03/2024
Código do texto: T8011358
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