Trajado em loucura

Segue doce no pranto dos oceanos

A lágrima salgada pelos véus,

São véus que me adornam entre panos

Rasgados e tempestuosos dos céus.

Cubro meu rosto feio pelo ir dos anos

Em roupas que já não vestem troféus,

Conquistas dos monólogos que insanos

Fogem desses delírios e dos léus.

Sigo por uma sombra do eu-defunto;

Um morto em pensamento saturnino,

E solto nesta confusão do assunto

Decrépitas odes ao mar possível.

Assim morrer ceifam o que me atino,

Morrer neste afogar todo invisível.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 03/03/2024
Código do texto: T8011761
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