PENITÊNCIA

Carrego nostalgia em meu pensar.

A consciência flutua nos mares do passado,

São as águas turvas desse oceano salgado

Que me fazem forasteiro na arte de acariciar.

Sou deveras frenético... companheiro da solidão...

Fortes ventos me levam e me fazem de fantoche

Perante reminiscências que sutilmente me envolvem

E cada vez mais sou anfiteatro e ermitão...

No trânsito confuso da memória busco me conhecer

E em meu íntimo edifiquei intenso e imenso ateliê

Onde coleciono fatos antigos ainda bem vivos...

Não faço distinção entre pretérito e presente,

O futuro é uma incógnita, na poesia sou confidente

Da amargura que assedia meus minutos paliativos!

DE IVAN DE OLIVEIRA MELO

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 17/03/2024
Código do texto: T8022044
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