Amor eterno
Quando feita de pó, a doce vida
cedeu espaço à tão severa morte,
ficando presa em sua própria sorte,
onde tem sua esperança esvaída.
Minha alma, pelo amor, foi consumida,
e não há afago que me reconforte,
nem atadura que preencha o corte
desta nefasta, lúgubre ferida.
Se a morte tudo leva em ousadia,
resta-me então, nesta noite tão fria,
aceitar minha sina tristemente.
Sabendo que outra vez não viverei,
E nem lembrado talvez eu serei,
mas vou amar, incessante, eternamente!
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