Trilha Soturna

Sorriso, euforia, pranto, nada que muito me importe.

Minhas lágrimas são escassas — chuva de granizo,

Podem até tripudiar de mim, enquanto agonizo,

De fato, permanecendo alheios à minha morte.

Só observo sucumbirem à vaidade, igual a Narciso.

Se soubessem o quanto me faz bem e fico forte,

Toda vez que me ferem, atirando-me à própria sorte,

Ficariam frustrados, e num itinerário indeciso.

Há tempos transito por uma trilha soturna,

Silente, apreciando a mesma paisagem noturna,

Assisto àqueles que perseguem alguma ilusão,

Enquanto temem a solidão, feito uma alma penada.

Logo, desfruto da verve de mais uma noite calada,

Daquilo que me ofertam as sombras e a escuridão.

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Thiago S. Sevla

31/03/2024 às 22:52

T S Sevla
Enviado por T S Sevla em 12/04/2024
Reeditado em 12/04/2024
Código do texto: T8040389
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