ROSTO URBANO #MR#
Em cada rosto urbano, um amor perdido,
Um filho sem pai, alheio ao seu destino,
Mulheres presas em caminhos divididos,
No riso falso de quem trai, o desatino.
Nas igrejas, buscam o Filho esquecido,
Do diabo a culpa, quando o homem pena?
O fanatismo cego, mal resolvido,
Proibido deveria ser a condena.
Os sonhos desfalecem, a vida vai,
A culpa pesa, sombra do que se foi,
Em meio à multidão que sempre trai.
Transformar o passado, ser que muito doi,
No Parnaso, perdidos se reencontram,
Entre culpa e redenção, os poemas plantão.