Soneto a dois

A porta se fechou, abriu-se a via

mergulho a fundo, doces abismos

olho pra frente, sigo meus cismos

que são aceitos por minha agonia.

Tão peculiares, de todo dia,

eu com meus passos indo a esmo

o que fui ontem já não sou o mesmo

mas sigo ao consolo da poesia.

Fujo, sou mutante, eu vivo o agora

mesmo sem roteiro faço a viagem,

no verso eu encontro feliz ancoragem.

A vida é assim e a mudança constante

só não alterou condição de amante

que vive, que sonha e feliz te adora.

Josérobertopalacio/ Ana Gazzaneo

Valeu, querida. Bjs.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 29/04/2024
Reeditado em 29/04/2024
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