Dançando no Vento
O perfume sutil dos cabelos
Desliza no meu corpo calado
E arrepia meus poros, meus pelos,
Traz-me à tona um sorriso adoçado.
Beijos que coram minha palidez,
Abrem tantas comportas enfim,
Em mim renascem a insensatez.
- São de veludo, de seda e cetim -
Em febre que não cede e é tão pura,
Qualquer fuga, não quero e nem tento.
Não há senso ou pudor, só loucura...
Doo-me ao delírio do momento,
Confundo criação-criatura -
Como uma folha dançando no vento.