Soneto de encontro e perdição
Por que me descobriste no abandono?
Por que, da solidão, tu me roubaste?
Minha voz, que era surda, animaste
Feriste Morfeu; mataste meu sono
Ouve agora meu estranho canto
Que não é santo e tampouco é puro
Absurdo, precipitado e duro...
Ouve agora meu urgente canto!
Não dormirei jamais do teu lado
Antes, juro, seguirei atento, aceso
Toda noite... A noite inteira...
Não quedarei, também, calado
Buscarei sempre a prosa, o verso
Toda noite... A noite inteira...