Negro Manto

Ninguém parece ver o imprevisível

Da minh’alma magoada e obscura.

O lado mais secreto e desprezível

- Limite entre a lucidez e a loucura.

Nem mesmo o breve brilho dessa zona,

Em que se escondem silêncios e restos.

Meus mais puros segredos vindo à tona,

Constrangimento a sobejar nos gestos.

Eu nunca disse nada, e ninguém soube,

Da solidão a se espalhar e vir,

Postando-se ao meu lado, negro manto,

Crescendo ao meu redor, até que coube

Bem dentro desse peito – contracanto -

Meu último suspiro a conduzir...

Magmah
Enviado por Magmah em 17/01/2008
Código do texto: T820961
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