Soneto à Morte

Morreu hoje minha última quimera

Em conseqüência do meu próprio medo

Não sonho mais, não tenho mais segredo

Perdi as folhas em plena primavera.

Caminho lentamente para o fim

Da estrada que todos nós trilhamos

Contudo, no final desesperamos

Sem saber para onde vamos enfim!

Morrer sozinho acho muito triste.

Por isso passo a vida em contrição

Chorando sempre na noite calada

Mas nas montanhas da minha vida existe

Minas de ouro, minas de carvão,

Pra iluminar o escuro dessa estrada.