Amor e outras coisas
Não sei do que não sinto em meu pulsar,
Tão pouco pulso o cinto que ora aperto.
Não sei o que é arder pelo deserto,
Pois nunca fui além deste lugar.
Talvez eu vá dizer que também erro,
Um erro tão comum em nosso meio:
Não sei se existe dor além do seio
E nada vou dizer neste meu berro.
Paixões e tantas coisas são da pele,
E os pêlos insuam a chegada.
Não quero andar sozinho nesta estrada,
Jamais quis que o silêncio assim nos cele.
Tão fraco eu sou perante este sentido
De coisas e de amores desprovido.