O MÍNIMO DE NÓS.

Vestidos de suor, galgamos astros

com beijos feito sóis que nos aquecem ,

os toques nos transportam, e dão lastro

às tempestades loucas que nos tecem.

Grudados, devassados feito emplastros

os “ais” perdem razão, não obedecem,

na pele nossas línguas deixam rastros

urgentes, e os gemidos endoidecem.

Delírios meu amor, um sonho ardente,

eu deito na umidade do desejo

trazendo o “nós” futuro pro presente.

Queimando-me em ardores eu prevejo

nós dois entrelaçados, na vertente

liquefeita dos sexos e dos beijos.