SONETO DO DESENCANTO
Caminhando pelo quarto,
pelas altas madrugadas,
amarga no descompasso
sua decisão velada.
Sequer um adeus deixou,
apenas a porta bateu,
nem mesmo ponderou
sobre o enlace que viveu.
O tempo na vida é o juiz!
Recordando o amor do passado,
hoje sente-se infeliz.
Com a alma em desencanto
o coração sofre tanto,
saudades do amor que não quis.